Álvaro Areta, representante da Coordenação das Organizações de Agricultores e Pecuários (COAG), já nos disse no ciclo de conferências dedicado ao uso alimentar, que 28% de terras agrícolas são usadas para produzir alimentos que são perdidos.

Segundo Álvaro Areta “As principais causas geradoras de resíduos no sector primário são de natureza económica ou comercial. Os mercados alimentares globalizados são marcados por uma natureza altamente especulativa, com grandes fluxos comerciais e longas cadeias de comercialização, grande volatilidade de preços, e são culpados de criar e rebentar enormes bolhas. “Tal modelo alimentar causa graves danos à sociedade como um todo, e aos consumidores em particular, e gera sérios problemas de desperdício de alimentos na cadeia”.

Por outro lado, o diretor geral da Indústria Alimentar, José Miguel Herrero, na conferência “O impacto ambiental do desperdício alimentar”, organizada pela AECOC, destacou a importância de reduzir o desperdício alimentar para garantir a sustentabilidade da cadeia alimentar. Ao desperdiçar alimentos, não só se perdem os alimentos, mas também os recursos utilizados para obtê-los, o trabalho dos produtores e dos restantes operadores da cadeia de abastecimento alimentar, o esforço de investigação e o entusiasmo de quem coloca os alimentos nas nossas vidas . mesa.